Eis a Carta do IV Encontro Regional Sul da Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR), realizado em em Londrina nos dias 14 e 15 de dezembro.

 
Realizamos na abertura, dia 14, sábado, um cortejo embalado pelo Maracatu Semente de Angola, e muitos artistas do MARL - Movimento dos Artista de Rua de Londrina.
As plenárias foram realizadas nas Vilas Culturais Casa do Teatro do Oprimido e Alma Brasil.

Foram 2 dias intensos que culminaram no Não estacione: Sarau do Teatro de Garagem, na Vila Cultural Alma Brasil, após fechamento da carta.

Segue a carta:

CARTA DO 4º ENCONTRO DE TEATRO DE RUA DA REGIÃO SUL - RBTR

 
      

Os artistas trabalhadores e grupos da região sul – RS, SC e PR, articuladores da Rede Brasileira de Teatro de Rua reunidos em Londrina – PR, entre os dias 14 e 15 de dezembro de 2013, realizaram o 4º Encontro de Teatro de Rua da Região Sul - RBTR, reafirmando a missão de lutar por políticas públicas culturais com investimento direto do Estado em todas as instâncias: Municípios, Estados e União, endossando, ainda, a luta por um mundo socialmente justo e igualitário.

Em busca do aperfeiçoamento dos sonhos dos articuladores da Rede, a programação do 4º Encontro de Teatro de Rua da Região Sul contou com um cortejo/apresentações pelo centro da cidade e plenárias realizadas nas Vilas Culturais Casa do Teatro do Oprimido e Alma Brasil, esta última tendo sediado também o Sarau Cultural que finalizou o evento.

Este encontro foi organizado pelo MARL – Movimento dos Artistas de Rua de Londrina, movimento este formado por grupos culturais de diversas linguagens: teatro, música, grafite, rap, intervenções audiovisuais, artesanato, cultura popular, entre outros.  Surgiu no ano de 2012 com o objetivo de articular os artistas de rua da cidade, alertando à necessidade de políticas públicas para as artes públicas.

A Rede Brasileira de Teatro de Rua, criada em março de 2007, em Salvador/Bahia, é um espaço físico e virtual de organização horizontal, sem hierarquia, democrático e inclusivo. Todos os artistas-trabalhadores e grupos de rua e afins pertencentes a ela podem e devem ser seus articuladores para, assim, ampliar cada vez mais suas ações e pensamentos.

Os articuladores da região sul pertencentes à Rede Brasileira de Teatro de Rua, com o objetivo de construir políticas públicas culturais mais democráticas e inclusivas, defendem:

 

·        A criação de programas de ocupação de espaços públicos, para sede dos grupos de pesquisa e trabalho continuado, tornando-se centros de referência para as artes de rua;

·         Manutenção, aprimoramento e permanência de espaços públicos que já possuem ocupação de grupos de pesquisa através de comodato e/ou convênios;

·         Que as instâncias públicas e privadas respeitem a tradição de “passar o chapéu” nas apresentações dos artistas de rua, independente de haver ou não subvenção para a realização do espetáculo;

·        Representações das artes de rua nas comissões regionalizadas dos editais públicos, colegiados setoriais e conselhos das instâncias municipal, estadual e federal;

·        Imediato aumento do aporte de verbas para a Lei de Fomento de Porto Alegre - RS e o Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC) da cidade de Londrina – PR, bem como a criação de novas leis em outros municípios dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná;

·        Garantir a remuneração dos membros da comissão avaliadora dos projetos do PROMIC, em Londrina – PR;

·        Assegurar pelo menos 1% do orçamento dos municípios para a cultura;

·        A extinção de todas e quaisquer cobrança de taxas, bem como a desburocratização para as apresentações de artistas-trabalhadores, grupos de rua e afins, garantindo assim o direito de ir e vir e a livre expressão artística, em conformidade com o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira;

·        Imediata aprovação da Lei dos Artistas de Rua nas cidades de Londrina – PR e Florianópolis – SC;

·        Aprovação e regulamentação imediata da PEC 150/03, atual PEC 147, que vincula para a cultura o mínimo de 2% do orçamento da União, 1,5% do orçamento dos Estados e Distrito Federal e 1% dos orçamentos dos municípios;

·        Extinção da Lei Rouanet e de quaisquer mecanismos de financiamento que utilizem a renúncia fiscal;

·        A utilização da verba pública através do financiamento direto do estado, por meios de programas e editais, em formas de prêmios, elaborados pelos segmentos organizados da sociedade;

·        A criação de programas específicos em nível municipal, estadual e federal que contemplem: produção, circulação, formação, registro, documentação, manutenção e pesquisa, mostras e encontros para as artes de rua e mérito artístico na capital e interior dos estados;

·        Aumento da participação dos espetáculos de rua em festivais consolidados como: Porto Alegre Em Cena (RS), Caxias em Cena (RS), Floripa Teatro - Isnard Azevedo (SC), FITA Floripa (SC), Festival de Teatro de Curitiba (PR), Festival Internacional de Londrina - FILO (PR), FENATA (PR), entre outros, com objetivo de promover o intercâmbio e a troca de experiências entre os artistas;

·        Que os espaços públicos (ruas, praças, parques, entre outros), sejam considerados equipamentos culturais e assim contemplados na elaboração de editais públicos e no Plano Nacional de Cultura;

·        Que os editais para as artes sejam transformados em leis para garantia de sua continuidade, fomentando também o intercâmbio entre companhias de diferentes cidades;

·        Que os editais Myriam Muniz e Artes na Rua sejam publicados no primeiro trimestre de cada ano com maior aporte de verbas e que seja publicada a lista de projetos contemplados e suplentes, além da divulgação de parecer técnico de todos os projetos avaliados;

·        Que os editais sejam regionalizados e sejam criadas comissões igualmente regionalizadas, tendo ainda a atribuição de acompanhar o projeto até sua finalização com os respectivos pareceres;

·        Que as estatais contemplem com equidade em seus editais as artes de rua, respeitando o critério de regionalização;

·        Apoio financeiro do Ministério da Cultura, através das suas secretarias e fundações vinculadas, aos Encontros de Teatro de Rua;

·        Criação de Fundos Estaduais, com distribuição das verbas de forma equânime entre as cidades;

 

O Teatro de Rua é um símbolo de resistência artística, comunicador e gerador de sentido, além de ser propositor de novas razões no uso dos espaços públicos abertos. Assim, reafirma-se o dia 27 de março, dia mundial do teatro e dia nacional do circo, como o dia de mobilização nacional por políticas públicas, e conclamam-se os artistas-trabalhadores, grupos de rua e afins e a população brasileira a lutarem pelo direito à cultura e à vida.

 

“Um Artista de Rua faz mais que um Ministro da Cultura” – João Pé-de-chinelo – Grupo Manjericão.

 

Vila Cultural Alma Brasil, Londrina, PR - 15 de dezembro de 2013.








 
Eis a Carta do IV Encontro Regional Sul da Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR), realizado em em Londrina nos dias 14 e 15 de dezembro.

 
Realizamos na abertura, dia 14, sábado, um cortejo embalado pelo Maracatu Semente de Angola, e muitos artistas do MARL - Movimento dos Artista de Rua de Londrina.
As plenárias foram realizadas nas Vilas Culturais Casa do Teatro do Oprimido e Alma Brasil.

Foram 2 dias intensos que culminaram no Não estacione: Sarau do Teatro de Garagem, na Vila Cultural Alma Brasil, após fechamento da carta.

Segue a carta:


 
 
 
CARTA DO 4º ENCONTRO DE TEATRO DE RUA DA REGIÃO SUL - RBTR



Os artistas trabalhadores e grupos da região sul – RS, SC e PR, articuladores da Rede Brasileira de Teatro de Rua reunidos em Londrina – PR, entre os dias 14 e 15 de dezembro de 2013, realizaram o 4º Encontro de Teatro de Rua da Região Sul - RBTR, reafirmando a missão de lutar por políticas públicas culturais com investimento direto do Estado em todas as instâncias: Municípios, Estados e União, endossando, ainda, a luta por um mundo socialmente justo e igualitário.

Em busca do aperfeiçoamento dos sonhos dos articuladores da Rede, a programação do 4º Encontro de Teatro de Rua da Região Sul contou com um cortejo/apresentações pelo centro da cidade e plenárias realizadas nas Vilas Culturais Casa do Teatro do Oprimido e Alma Brasil, esta última tendo sediado também o Sarau Cultural que finalizou o evento.

Este encontro foi organizado pelo MARL – Movimento dos Artistas de Rua de Londrina, movimento este formado por grupos culturais de diversas linguagens: teatro, música, grafite, rap, intervenções audiovisuais, artesanato, cultura popular, entre outros.  Surgiu no ano de 2012 com o objetivo de articular os artistas de rua da cidade, alertando à necessidade de políticas públicas para as artes públicas.

A Rede Brasileira de Teatro de Rua, criada em março de 2007, em Salvador/Bahia, é um espaço físico e virtual de organização horizontal, sem hierarquia, democrático e inclusivo. Todos os artistas-trabalhadores e grupos de rua e afins pertencentes a ela podem e devem ser seus articuladores para, assim, ampliar cada vez mais suas ações e pensamentos.

Os articuladores da região sul pertencentes à Rede Brasileira de Teatro de Rua, com o objetivo de construir políticas públicas culturais mais democráticas e inclusivas, defendem:

 

·        A criação de programas de ocupação de espaços públicos, para sede dos grupos de pesquisa e trabalho continuado, tornando-se centros de referência para as artes de rua;

·         Manutenção, aprimoramento e permanência de espaços públicos que já possuem ocupação de grupos de pesquisa através de comodato e/ou convênios;

·         Que as instâncias públicas e privadas respeitem a tradição de “passar o chapéu” nas apresentações dos artistas de rua, independente de haver ou não subvenção para a realização do espetáculo;

·        Representações das artes de rua nas comissões regionalizadas dos editais públicos, colegiados setoriais e conselhos das instâncias municipal, estadual e federal;

·        Imediato aumento do aporte de verbas para a Lei de Fomento de Porto Alegre - RS e o Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC) da cidade de Londrina – PR, bem como a criação de novas leis em outros municípios dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná;

·        Garantir a remuneração dos membros da comissão avaliadora dos projetos do PROMIC, em Londrina – PR;

·        Assegurar pelo menos 1% do orçamento dos municípios para a cultura;

·        A extinção de todas e quaisquer cobrança de taxas, bem como a desburocratização para as apresentações de artistas-trabalhadores, grupos de rua e afins, garantindo assim o direito de ir e vir e a livre expressão artística, em conformidade com o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira;

·        Imediata aprovação da Lei dos Artistas de Rua nas cidades de Londrina – PR e Florianópolis – SC;

·        Aprovação e regulamentação imediata da PEC 150/03, atual PEC 147, que vincula para a cultura o mínimo de 2% do orçamento da União, 1,5% do orçamento dos Estados e Distrito Federal e 1% dos orçamentos dos municípios;

·        Extinção da Lei Rouanet e de quaisquer mecanismos de financiamento que utilizem a renúncia fiscal;

·        A utilização da verba pública através do financiamento direto do estado, por meios de programas e editais, em formas de prêmios, elaborados pelos segmentos organizados da sociedade;

·        A criação de programas específicos em nível municipal, estadual e federal que contemplem: produção, circulação, formação, registro, documentação, manutenção e pesquisa, mostras e encontros para as artes de rua e mérito artístico na capital e interior dos estados;

·        Aumento da participação dos espetáculos de rua em festivais consolidados como: Porto Alegre Em Cena (RS), Caxias em Cena (RS), Floripa Teatro - Isnard Azevedo (SC), FITA Floripa (SC), Festival de Teatro de Curitiba (PR), Festival Internacional de Londrina - FILO (PR), FENATA (PR), entre outros, com objetivo de promover o intercâmbio e a troca de experiências entre os artistas;

·        Que os espaços públicos (ruas, praças, parques, entre outros), sejam considerados equipamentos culturais e assim contemplados na elaboração de editais públicos e no Plano Nacional de Cultura;

·        Que os editais para as artes sejam transformados em leis para garantia de sua continuidade, fomentando também o intercâmbio entre companhias de diferentes cidades;

·        Que os editais Myriam Muniz e Artes na Rua sejam publicados no primeiro trimestre de cada ano com maior aporte de verbas e que seja publicada a lista de projetos contemplados e suplentes, além da divulgação de parecer técnico de todos os projetos avaliados;

·        Que os editais sejam regionalizados e sejam criadas comissões igualmente regionalizadas, tendo ainda a atribuição de acompanhar o projeto até sua finalização com os respectivos pareceres;

·        Que as estatais contemplem com equidade em seus editais as artes de rua, respeitando o critério de regionalização;

·        Apoio financeiro do Ministério da Cultura, através das suas secretarias e fundações vinculadas, aos Encontros de Teatro de Rua;

·        Criação de Fundos Estaduais, com distribuição das verbas de forma equânime entre as cidades;

 

O Teatro de Rua é um símbolo de resistência artística, comunicador e gerador de sentido, além de ser propositor de novas razões no uso dos espaços públicos abertos. Assim, reafirma-se o dia 27 de março, dia mundial do teatro e dia nacional do circo, como o dia de mobilização nacional por políticas públicas, e conclamam-se os artistas-trabalhadores, grupos de rua e afins e a população brasileira a lutarem pelo direito à cultura e à vida.

 

“Um Artista de Rua faz mais que um Ministro da Cultura” – João Pé-de-chinelo – Grupo Manjericão.

 

Vila Cultural Alma Brasil, Londrina, PR - 15 de dezembro de 2013.

Carta Aberta – Ato Pelo Direito à Diferença no Espaço Público

No dia 18 de Outubro de 2013, o coletivo ElityTrans, em parceria com algumas instituições e os movimentos sociais: MARL - Movimento dos Artistas de Rua de Londrina, Coletivo Por Amor à Mukumby, Coletivo EVA, Marcha das Vadias e Coletivo Maria Vem com a Gente, organizou um Cabaré Diversidade na Concha Acústica de Londrina, local público, onde se procurou fazer arte pública e celebrar a diversidade. Colocamo-nos na rua. Atores e atrizes, músicos, cineastas, artistas e militantes.
E não era só pela arte e pelo direito de levá-la à rua que estávamos ali. Outras demandas nos deram tema e forma. O evento marcava então um ano do Ato “Diversidade Colorindo a Cidade”, realizado em 2012 na Praça Rocha Pombo. Este Ato foi organizado em resposta às frases homofóbicas que se destacavam na paisagem da praça, mas também como uma atitude estratégica em termos de ocupação do espaço público, uma reivindicação também do coletivo parceiro MARL (Movimento dos Artistas de Rua de Londrina) através de ações culturais em vários espaços da cidade.
A prefeitura fez a egípcia! Demorou para tomar alguma providência em relação às pichações homofóbicas da praça, mesmo diante de nossos pedidos, mas foi, no entanto, bastante eficiente em reprimir as borboletas de tinta guache que desenhamos para ocultar as mensagens de ódio.
Em 2013, este ato se transformaria numa noite cultural, pois entendemos a arte como uma manifestação política, e é também através dela que combatemos as violências que nos afetam enquanto coletivos. Estávamos na Concha para expressarmos a diferença, combatermos a violência de gênero, violências institucionais e preconceitos raciais e religiosos, além de exercer nosso direito de ocupação do espaço público, tá, meu amor!!!
Mas numa noite em que encenamos, cantamos e homenageamos a diferença, rojões, ou bombas (e que importa, afinal, a natureza dos fogos?) foram atirados contra o público que prestigiava o evento.
Foi feito um Boletim de Ocorrência gerado no dia do Cabaré Diversidade, ofícios foram enviados às instituições responsáveis, exigindo que se deem continuidade às investigações e que esse tipo de acontecimento, frequente na concha acústica, tenha fim. Até o momento, não tivemos respostas definitivas.  
Mas este assunto não será resolvido, de fato, na esfera jurídica. Só podemos pensar em resolver esses problemas quando as pessoas passarem a ocupar a rua, que no fundo, é fazer o exercício de convívio com @ outr@, de alteridade, de estranhamento, enfim, de diálogo com a diferença. Nós continuamos nas ruas. Essas são nossas armas, nossas bombas.
Mas o que ficou de um Cabaré na Concha também foi lindo. Colorido com cores bastante orgulhosas, mesmo modestas se comparadas ao tamanho dos prédios e concretos, mas orgulhosas, muito mais.
Iluminado e ligado por fios, cabos, mutretas engenhosas à moda do jeitinho brasileiro, na melhor estética precária que acompanha os que militam por essa arte. Arte muito mais desimportante que os plugs e chips e tvs e poltronas que nos ligam ao nosso pequeno caixote, um recanto que finge sobreviver em paz aos barulhos de fora.
Dançado como dançam as singularidades, se estranhada sentada perdida na multidão, se tresloucada movendo estranho. E sexualizado demais pra quem tem prisão de ventre. Contra as vossas bombas, nós temos as nossas.

Sobre as intolerâncias na cidade



Ato pelo Direito à Diferença no Espaço Público
O ato encerrará o cortejo de abertura do IV Encontro Regional Sul da Rede Brasileira de Teatro de Rua.

Programação:

11h: Concentração e organização para o Cortejo
12h: Cortejo pelo Calçadão
13h: Encerramento (Concha Acústica): “Ato pelo Direito à Diferença no Espaço Público”

O MARL promove IV Encontro Regional Sul da Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR)

Evento é prévia do Encontro Nacional, que será realizado na cidade em março de 2014

Vai ser realizado em Londrina, no próximo final de semana, dias 14 e 15 de dezembro, o IV Encontro Regional Sul da Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR). O evento é organizado pelo Movimento dos Artistas de Rua de Londrina (MARL) e reúne os articuladores da RBTR dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.  Cortejo, plenárias e sarau fazem parte da programação.

O cortejo dos artistas do MARL abre o evento no sábado, às 12h, no Calçadão (local do antigo coreto).  Contará com a participação de artistas do Teatro de Garagem, Famiglia Coisa Fina, Teatro Kaos, Coletivo ElityTrans, Familia IML, Exercito contra Nada, Às de Paus, Maracatu Semente de Angola, Clac Circo, Pepito Forte e Bonito, dentre outros. O cortejo se encerrará na Concha Acústica onde será realizado o Ato pelo Direito à Diferença no Espaço Público, sobre os acontecimentos no Cabaré Diversidade, organizado pelo Coletivo ElityTrans, em parceria com o MARL e outros movimentos sociais.

No período da tarde, a partir das 15h, vão ser realizadas as plenárias da RBTR/ Regional Sul na Vila Cultural  Teatro do Oprimido de Londrina, na Rua Guararapes, 191.

Dentre as demandas dos artistas de Teatro de Rua da Região Sul, estará a Lei dos Artistas de Rua de Londrina, elaborada pelo MARL com apoio da Secretaria de Cultura da cidade.A lei aguarda o encaminhamento do texto pelo Poder Executivo ao Legislativo. Os artistas cobram o compromisso do Prefeito Alexandre Kireff, que assumiu, em reunião com articuladores do MARL, Danilo Lagoeiro e Rafael de Barros, que a lei tinha a possibilidade de ser aprovada ainda neste ano, e no máximo até o Encontro Nacional da RBTR, que será realizado em Londrina em março de 2014. Aliás, outro tema importante do evento é a busca por patrocinadores e apoiadores para a realização do XIV Encontro Nacional de Teatro de Rua, que será realizado em março de 2014 em Londrina.


No domingo, haverá plenárias  das 13h às 16h na Vila Cultural ALMA Brasil (Rua Mar Del Plata, 93). Na sequência, será realizado o “Não Estacione: Sarau na Garagem” com realização de Teatro de Garagem e MARL . A programação do sarau começa com a oficina “Jogos do Riso”, com o ator e palhaço Rafael de Barros, às 16h. Está programado também um bate-papo com  integrantes da Rede Brasileira de Teatro de Rua / Regional Sul. As apresentação teatrais são compostas por: intervenções da Cia. Teatro de Garagem, apresentação do espetáculo  teatral “Vaga lumes” do projeto Representações da Cidade por recicladoras da Cooper Região, performances do Cabaré da Diversidade por ElityTrans. A programação musical apresenta o show solo de voz e violão “Sons de Séculos” por João de Carvalho, e o grupo de rap Família IML por Palmerah e Melk. A Exposição de Artes da Caaps-I, coordenada por Adriana Siqueira estará aberta para visitação também, além do palco livre no final do evento. Tragam suas poesias!  A entrada do Sarau é gratuita com cortesia no chapéu. 

Mostra MARL no Campo


A primeira Mostra MARL no Campo será realizada no próximo sábado, 30, no assentamento Eli Vive, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), em Lerroville.  
A ação será das 9hs às 21hs, e reúne apresentações artísticas e oficinas de intercâmbio cultural (ver programação abaixo). Serão também apresentadas intervenções da juventude do MST, provindas da escola itinerante Maria Aparecida Francizi (Cidinha). 
A mostra tem como objetivo intercambiar a cultura camponesa com a cultura urbana dos artistas de rua, representando um momento formativo também para a escola e a comunidade do assentamento. Além disso, a mostra é fruto da articulação entre a comunidade escolar e camponesa da escola Cidinha (MST), dos artistas do MARL – Londrina e dos participantes do projeto de extensão da UEL intitulado  “Formação Continuada de Professores e Educadores Populares das Escolas Itinerantes do MST”.
O projeto de extensão é coordenado pela professora Adriana Farias, da área da educação, e atua há mais de três anos na escola Cidinha e também na escola Herdeiros da Luta do acampamento de Porecatu, pautando a reflexão teórico-prática acerca da necessidade e especificidade da educação do campo.

PROGRAMAÇÃO

9h – Café de integração, realizado no refeitório Escola
9h30 – mística e plenária de apresentação (MARL/ Projeto de Extensão e comunidade escolar Eli Vive) (escola)
11h – Montagens dos espaços - Biblioteca Viva Itinerante / Espaço de oficinas /Espaço para apresentações (Barracão)
12h – Almoço Coletivo, na Escola
13h – Cortejo (da escola para o Barracão) e inscrições para as oficinas
14h – Oficinas simultâneas (para 20 alunos cada)  
1)   Capoeira Angola / CECA-Londrina / Marcelo Pinhatari / Danilo Lagoeiro
2)   Danças Brasileiras (coco, cacuriá, ciranda) / Rafael Rosa e Dodô Bertone
3)   Jogos Teatrais – Teatro de Garagem
4)   Biblioteca Viva Itinerante – oficinas de brincadeiras/ perna de pau / leitura e troca de livros;
5)   Oficina de texto para Rádio – Equipe Jornalismo UEL / Projeto de  Extensão
6) – Oficina de xilogravura com Maria Fiorato.
16h – Intervenções do Teatro de Garagem
16h30 – Familia IML (rap / hip hop)
17h – Narração de História por Famiglia Coisa Fina
17h30 – Juventude Circense do MST
18h – El General por Exército contra Nada (Rafael de Barros)
19h – Intervenções do Teatro de Garagem
19h15 – Familia IML / Palco Livre
20h – Intervenção audiovisual / TV de Rua MARL / Ahoramagica
21h – Desmontagem e retorno para Londrina

Mostra MARL


                Grupos artísticos que fazem parte do "Movimento dos Artistas de Rua de Londrina" vão promover ao longo desta semana várias apresentações culturais na cidade: espetáculos teatrais, exibições cinematográficas e um sarau. Todas as apresentações serão realizadas em espaços públicos e abertas a toda população gratuitamente. Confira a programação logo abaixo.
                O "Movimento dos Artista de Rua de Londrina", o MARL, reúne grupos e artistas de várias áreas culturais em reuniões abertas a participação de todos. Surgiu em 2012, com o intuito de realizar debates e ações políticas e culturais que ampliem a arte pública e livre. Além de constantes  intervenções culturais em várias regiões da cidade - principalmente em bairros das regiões periféricas da cidade, o Movimento discute junto ao poder público do município a criação de uma lei que diminua a burocracia para o usufruto dos espaços públicos para apresentações culturais e que elimine a cobrança de taxas e a necessidade de autorizações para tal fim. 
                As apresentações culturais desta semana, organizadas pelo Movimento, tem como um dos seus objetivos a busca por recursos financeiros (*) para viabilizar a organização do "XIV Encontro da Rede Brasileira de Teatro de Rua" (RBTR) que acontecerá aqui em Londrina em 2014 e que trará grupos de artistas de rua de todo o país.
                Mais informações sobre o "Movimento dos Artistas de Rua de Londrina" e sobre as apresentações desta semana, acessem a página virtual do grupo:     www.movimentodosartistasderuadelondrina.blogspot.com.br ou ligue para 43 96232078, 43 99242417, 43 91170670, 43 99590235 e 43 84136960.


                Segue a programação cultural das apresentações desta semana:
26/06 (quarta) - às 19h - Exibição de curtas-metragens ao ar livre sobre culturas indígenas - apresentação pelo cineclube Ahoramágica - Local: Anfiteatro do Zerão, junto à Feira da Lua.

27/06 (quinta) - ao 12h - Espetáculo "El General" - Exercito Contra Nada - Local: Calçadão de Londrina (em frente ao Banco do Brasil).

28/06 (sexta) - às 20:30h - Espetáculo "Fim de Partida" - Teatro Kaos - Local: Casa de Cultura da UEL - Divisão de Artes Cênicas (Av. Celso Garcia Cid, 205).

29/06 (sábado) - às 10h - Espetáculo "A Pereira da Tia Miséria" - Núcleo Ás de Paus - Local: Calçadão de Londrina (em frente ao Banco do Brasil).

29/06 (sábado) - às 11h - Espetáculo "El General" - Exército Contra Nada -  Local: Calçadão (em frente ao Banco do Brasil).

29/06 (sábado) -  às 20:30h - Espetáculo "Fim de Partida" - Teatro Kaos - Local: Casa de Cultura da UEL - Divisão de Artes Cênicas (Av. Celso Garcia Cid, 205).

30/06 (domingo) - à partir das 17h - Não Estacione: Sarau na Garagem - Cia. Teatro de Garagem - Vila Cultura Alma Brasil (Rua Mar del Plata, 93 - Vila Rodrigues).

30/06 (domingo) - 20:30h - Espetáculo "Fim de Partida" - Teatro Kaos - Local: Casa de Cultura da UEL - Divisão de Artes Cênicas (Av. Celso Garcia Cid, 205).


(*) Em todas as atividades da Mostra estarão sendo vendidos bottons com estampas idealizadas pelos graffiteiros Carão Capstyle e Murilo Marçal, integrantes do movimento. Com o dinheiro captado na venda deste material serão compradas passagens para integrantes do MARL participarem do XIII Encontro da RBTR, em Rio Branco-AC. A participação dos artistas londrinenses neste encontro será fundamental para garantirmos que o próximo encontro ocorra em Londrina, em 2014.




Espetáculo "A Pereira da Tia Miséria" 

O Núcleo Ás de Paus surgiu em 2008, na cidade de Londrina/PR. É composto por artistas que se uniram a fim de desenvolver uma linguagem teatral por meio do trabalho coletivo. A direção é feita pelo elenco de oito atores e as montagens da companhia contam com a colaboração de outros artistas. Em suas produções, instrumentos de equilibrismo como pernas de pau, muletas e bastões, em conjunto com cenário e figurino, formam os denominados “prolongamentos do corpo do ator”, síntese de um  entendimento continuamente pesquisado pelo Ás de Paus em seu fazer teatral.
Com o primeiro espetáculo, "A Pereira da Tia Miséria" estreado em 2010, o grupo tem visitado festivais de todo o Brasil, apresentando-se em espaços públicos de diversas cidades.
Em 2013 o Núcleo integra a grade de espetáculos do Circuito Palco Giratório, promovido pelo SESC Nacional com o premiado "A Pereira da Tia Miséria". Serão aproximadamente 50 apresentações em mais de 30 cidades, em 19 Estados brasileiros, entre abril e novembro.Neste período de junho, durante um  intervalo entre as viagens pelo Circuito do SESC, o Núcleo Ás de Paus aproveita para realizar mais uma apresentação deste espetáculo em sua cidade-sede, agora, na programação da Mostra MARL, promovida pelo Movimento dos Artistas de Rua de Londrina. A apresentação será no dia 29 de junho, às 10h da manhã, na Boca Maldita do Calçadão de Londrina (em frente ao Banco do Brasil).



Sinopse de "A Pereira da Tia Miséria"

“ A Fome personificou-se em uma criança nascida da Miséria que todas as pessoas temem, separou-se de sua mãe e, desde então, percorre o mundo, trazendo o sofrimento a todos. O ser humano, naturalmente, conhece a Fome, porém é sempre preferível saciá-la e não imaginar o que pode acontecer se ela chegar a seu ponto extremo. A Morte tão temida por todos, é naturalmente a melhor saída para um mundo em que novas possibilidades não param de nascer. Tia Miséria, no dia em que deveria morrer, engana a Morte, que acaba ficando presa em sua árvore e, em um acordo feito diante do olhar de todos, Tia  Miséria decide viver, ingenuamente procurando pelo seu filho para, só então, deixarem este lugar que nunca os quis”.
Para saber mais informações sobre o Ás de Paus acesse:

www.nucleoasdepaus.com.br




 Exibição de curtas-metragens ao ar livre "Curtas Indígenas "

                Ahoramágica é um cineclube, um grupo aberto de pessoas que se reúne para propagar o blá-blá-blá sobre o CINEMA, um grupo aberto, livre, espontâneo, ziguezague, que realiza e incentiva, desde 2004, intervenções e produções cinematográficas por diversos outros cantos de Londrina-Via Láctea-Multiverso. Seu foco inicial, e hoje em dia central, é garantir o acesso gratuito às obras cinematográficas de qualquer formato, postura ou tamanho, desde que decidida a importância de sua exibição pelo grupo. AHORAMÁGICA favorece o encontro de desejos, a troca de saberes e a retirada do acervo privado empoeirado na estante para ser posto em circulação. O grupo anda confeccionando documentário, curtas metragens e vídeos experimentais, indo por caminhos que demonstram as possibilidades de criação, desmentindo a retórica frustrada por impeditivos financeiros e burocráticos. Isso não quer dizer que não queremos asas maiores. Incentivando doações, arrumar recursos pra expandir nossos equipamentos, favorecer a ploriferação de cópias, ajudar a oxigenar os movimentos e os anti-movimentos, confeccionar documentários, retroprojeções líquidas, construir grupos de discussão... oficinas de cinema... produção... sensibilização. Mas pode aparecer mais, ou esses objetivos mudarem.
Página virtual: www.ahoramagica.blogspot.com

                Ahoramágica apresenta nesta Mostra obras cinematográficas curtas-metragens que tem como tema as culturas indígenas. A maioria dos filmes realizados dentro projeto "Vídeo nas Aldeias", que desde 1986 vem realizando oficinas de cinema junto a população indígenas e co-criando obras cinematográficas com os mesmos, revelando espaço e territórios da vida cotidiana das aldeias que somente os próprios indígenas poderiam se mesclar. Todos os curtas-metragens são profundamente poéticos e singelos, quem viu estes filmes sabe o encantamento e singularidades das cultura indígena... Xavantes, Ikpeng, Ashaninka, Guarani, Panará, Nambiquara, Kaingangs... e poraí estão.   






Espetáculo "Fim de Partida"

Para acabar
NAS NOITES CLARAS DA INSÓNIA ADORMECIDA DOS SERES QUE
VAGAM NO INFINITO DO COTIDIANO DAS SOCIEDADES TORTAS PELAS
MÃOS PESADAS DOS SENHORES FEUDAIS QUE DELIMITAM SEUS
TERRITÓRIOS MARCANDO COM NOSSO SANGUE VERMELHO NOSSOS
CORAÇÕES CASTRADOS PELAS DEVASTAÇÕES DAS MEMÓRIAS
TORTUOSAS VAGAM TAMBÉM MENTES DISPERSAS QUE NAS MANHAS
NEBULOSAS COM SEUS GRITOS BABILÓNICOS ACORDAM O
DESASSOSSEGO GUARDADO EM NOSSAS ALMAS ESQUECIDAS QUE
ABAFAM NOSSOS GRITOS DIÁRIOS FAZENDO-NOS RECUAR CONTRA O
MURO E MERGULHAR NA INÉRCIA DAS VONTADES DETERMINADAS
PELAS PESADAS MÃOS CARINHOSAS DOS SENHORES SEM ROSTOS
COM SORRISOS AMARELOS.

Proposta artística
O drama (açào) surge antes da dramaturgia, a imagem de um homem a beira
da morte numa sala hospitalar de tratamento intensivo (u.t.i.), assistido por
espectadores/médicos (responsáveis em evitar que ele deixe de sofrer física e
existencialmente), foi o ponto de partida para a criação da peça fim de partida.
Para que o drama (ação) pudesse libertar seu peso significativo, atravessar o
espaço e comunicar com o espectador distraído (mostrando o profundo
significado do seu drama), era necessário algum elemento literário dramático,
que pudesse fundir-se com a imagem do texto cênico do pequeno drama, e a
partir daí construir-se-ia uma dramaturgia original para essa hipotética criação.
Remexendo a memória, dois autores eram alvo de interesse: Fernando Arrabal
e Samuel Beckett. Ambos têm uma maneira lúdica em estruturar suas criações,
seus mundos oníricos possuem um certo chamamento à imortalidade.
Entre muitas possibilidades, a sorte encarregou-se da escolha final: fim de
partida de Beckett (traduzido do original francês para o castelhano por ana
maria moix, marginales, 29 edição 1997, tusquets editores, barcelona),
mostrou-se duplamente promissor: se por um lado tem uma fábula de
enclausuramento, de necessidade do outro, do vazio existencial; por outro lado
tem uma poética literária libertadora, profunda, simples e bela.
A imobilidade em Fim de Partida, de Samuel Beckett, invade a cena assim que
a peça começa. Das 04 personagens, 03 estão paralisadas e a 4° move-se
com dificuldade, as relações humanas são abertamente hostis e estão a um
passo da extinção, há uma situação opressiva de mútua dependência.
O tema principal dessa peça é a impossibilidade de acabar. Personagens ou
objetos estão no fim ou quase no fim, os personagens realizam uma serie de
movimentos inúteis encaminhados para um fim que constantemente é adiado.
Da fábula de Beckett o que interessava era o tom atmosférico do espaço
fechado vazio e pesado, que enquadrava-se perfeitamente no contexto do
homem a beira da morte, sem saída, sem vontade em determinar sua trajetória,
ainda dependente da coragem do outro. Do próximo.
Do seu texto literário, definiu-se selecionar dentre a totalidade das falas de
todas as suas personagens, o que realmente parecesse vital para o
entendimento do tema proposto construído por Beckett (não que isso fosse
sagrado. Mas a profundidade proposta por ele para o reconhecimento do vazio
humano, não podia ser facilmente ignorada), e a partir dessa etapa começarse-ia a construir a criação da dramaturgia desse outro Fim de Partida, já não mais de Beckett.




  • Espetáculo: EL GENERAL
    Sinopse

    Quando um palhaço está em apuros ao se preparar para o maior espetáculo da Terra, o espetáculo torna-se o outro. O jogo e os imprevistos são partes essenciais dessa nova aventura, onde o impossível se fará possível e o possível se fará ver. Risos e sorrisos são suas táticas de guerrilha! O Exército Contra Nada passa despercebido pelas autoridades inimigas. Tem livre acesso à todas os territórios e dessa maneira pode disparar seus gatilhos de gargalhadas e fortes emoções ao público. Um lugar onde tudo pode se tornar realidade. O palhaço transforma! Transforma o problema em diversão. Junta o poder de encontrar ânimo nas adversidades com a capacidade de reagir à elas e viver com prazer. Dessa forma, com quase nada, é capaz de fazer “O Espetáculo Mais Incrível do Mundo”.
      
    Release 

    Espetáculo de comicidade com linguagem universal. Sons, gestos, movimentos, quase nenhuma palavra. Entramos, juntos, em nossa maneira mais rápida de comunicação: olhos e coração! Um palhaço que se vê com a chance de fazer um show, para ele é o maior show do mundo. Passa a ser para o público também. No espaço que cria, solta-se. Vira maestro, a vassoura, guitarra. Livre, como cantar um bolero sem medo de desafinar, e desafina. Não passa nada, a vida continua. Feliz por estar vivo ele segue. Faz das fitas tudo que precisa. Recruta um novo soldado, porque o Exército Contra Nada precisa continuar sua luta contra nada! Toca seu excêntrico saxofone, ri e depois dança. Agradece. Porque no fim das contas, só precisamos de uma boa desculpa para rirmos juntos e celebrar a vida.




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